quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Questão existencial

O dia está terminando, mas ainda dá tempo. Faça um caminho diferente. Mude os planos para hoje à noite. Jante algo fora do comum. Ou simplesmente durma do lado oposto da cama. Há momentos em que sair do padrão vira uma questão existencial! Areja a mente!

Gustavo Miranda

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Os poderosos e a educação

A verdade é que, por várias razões, os poderosos tratam a educação com certo desprezo. A principal, talvez, seja a relação existente entre educação e transformação social, visto que a partir desse pressuposto fica mais ou menos óbvio, assumindo aqui que é impraticável definir educação de outro modo, ou seja, sem esse aspecto transformador e certamente libertador (segundo Paulo Freire), que tal transformação só interessa mesmo à grande massa que se encontra abaixo dos privilégios das camadas dominantes. Isso, na verdade, implica algumas coisas, dentre as quais vale destacar uma: dificilmente, a educação será melhorada pelos detentores de poder. A não ser num aspecto específico e conveniente: o da conservação da sociedade.

Gustavo Miranda

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

As coisas como realmente são

Eu, às vezes, tenho vontade de saber como são as coisas quando não estou a olhar para elas. E me ocorreu, certa vez, que se eu colocasse uma máquina fotográfica que disparasse automaticamente quando meus olhos estivessem distantes o suficiente, eu saberia - finalmente - qual a realidade das coisas. Não deu certo! É que as coisas, elas próprias, são muito mais espertas do que a gente pensa. Elas sabem que dentro de cada máquina fotográfica existe um olho humano genérico. E, por isso, nunca se deixam fotografar como realmente são, acabando com toda a pretensão de realismo humano.

Gustavo Miranda

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Fluidez

O mundo, definitivamente, não é mais "sólido" como antes. Ele é "líquido", é ambivalente, é instável, é fluido. Uma das principais decorrências de tudo isso é que os laços se perderam. Motivo simples, na verdade, esperado: atualmente, não importa saber apenas quando certas relações devem ser estabelecidas e aproveitadas, mas, sobretudo, quando devem ser descartadas ou substituídas. Radical demais? Também acho!

Gustavo Miranda

Diversidade

A palavra de ordem atualmente é diversidade. E, embora seja interessante argumentar de modo favorável a esse conceito, na prática mesmo observam-se dilemas quase insuperáveis. Isso porque a diversidade assusta, já que propõe no lugar dos caminhos absolutos uma alternativa. Aterroriza indefinidamente, porque faz os critérios de verdade já conhecidos curvarem-se diante de um relativismo multifacetado. É parar para pensar: o mundo hoje é tão diverso, tão diferente, que, às vezes, custa acreditar que somos todos parte de uma mesma família. Melhor assim, afinal. Melhor assim. No fundo, são as diferenças que nos aproximam!

Gustavo Miranda

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Ausência

Esses mais de 30 dias sem minha mãe têm sido dolorosos demais, mas – ao mesmo tempo – têm me ensinado muito também. Em primeiro lugar, a aceitar que a vida é constituída de momentos; e, claro, que os momentos passam, sejam eles bons ou ruins. Em segundo (um desdobramento dessa primeira ideia), a dar valor ao presente, às pessoas ao redor, aos momentos singulares que, vez ou outra, adornam nossa existência. A vida é isso. É dor. É alegria. É tudo misturado, às vezes tudo de uma vez só. Enfim. A ausência é um tema bem presente na vida de qualquer um. E dói. Dói muito.

Gustavo Miranda