domingo, 22 de fevereiro de 2009

Adicionando um fermento...

Percebi que poderia ter mencionado uma coisa em meu texto anterior, que agora faz todo sentido. Ser honesto nas escolhas e no modo como construímos nosso pensamento é assumir as preferências. É dizer "penso e ajo assim, porque prefiro assim, simpatizo mais com esse modo de ver as coisas, gosto assim".

A falta de honestidade das autoridades (professores, padres, políticos, chefes de empresa, etc.) que mencionei se deve a isso. Elas não dizem que pensam daquele jeito porque preferem daquele jeito. Dizem, ao contrário, que pensam de um determinado modo porque aquele é o mais correto, aquele é o verdadeiro, aquele é o normal, etc. Isso é uma farsa. Conduz aos fundamentalismos que temos visto. E deve ser evitado.

Mas é simples resolver o problema. Só precisamos ser honestos. Nada de explicações supostamente objetivas. Um simples "eu gosto assim, o outro assado" já encerra o assunto.

Um abraço,
Gustavo

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Provérbio

Achei bastante interessante este provérbio e espero que vocês reflitam:

"A verdade é um espelho que caiu das mãos dos deuses e se quebrou. Desde então, cada um recolhe um pedaço e afirma que toda a verdade está naquele caco".
Provérbio Iraniano.

Um abraço,
Gustavo

domingo, 8 de fevereiro de 2009

The Curious Case of Benjamin Button

The Curious Case of Benjamin Button. Vejam! Vale a pena.
O filme é baseado no conto de Francis Scott Fitzgerald, um grande escritor americano que fez parte da Lost Generation, a geração perdida, termo dado ao grupo de celebridades literárias que foi obrigado a viver na Europa e em outras partes do mundo entre a Primeira Guerra Mundial e o início da Grande Depressão, em 1929.

O filme conta a história de um homem que nasce velho e, com o passar dos anos, rejuvenesce. É bastante realista e expõe as vantagens e as desvantagens de ter o relógio biológico invertido. Lembrei-me daquela curiosa anedota atribuída supostamente a Charles Chaplin a respeito do ciclo da vida.

Enfim, acho que o filme vale as indicações que recebeu ao Oscar.
Mas isso é opinião.

Um abraço,
Gustavo

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Lembranças de escola

Creio que alguns já ouviram falar que a educação, sobretudo na idade média, era feita em mosteiros, na companhia de clérigos. Pois bem! Queria compartilhar aqui o relato de um jovem monge a respeito de sua experiência educacional, ao chegar ao mosteiro e ao aprender a ler. O texto chama-se "Lembranças de escola".

"Eu era totalmente ignorante e fiquei muito maravilhado quando vi os grandes edifícios do convento, nos quais deveria morar daquele momento em diante; mas fiquei muito contente pelo grande número de companheiros de vida e de jogo, que me acolheram amigavelmente. Depois de alguns dias, senti-me mais à vontade e apenas me adaptara aos hábitos comuns, quando Scholasticus Grimaldo me confiou a um mestre, com o qual devia aprender a ler. Eu não estava sozinho com ele, mas havia muitos outros meninos da minha idade, de origem ilustre ou modesta, que, porém, estavam mais adiantados do que eu. A bondosa ajuda do mestre e o orgulho, juntos, levaram-me a enfrentar com zelo as minhas tarefas, tanto que após algumas semanas conseguia ler bastante corretamente não apenas aquilo que escreviam para mim na tabuinha encerada, mas também o livro de latim que me deram. Depois recebi um livrinho alemão, que me custou muito sacrifício para ler mas, em troca, deu-me uma grande alegria. De fato, quando lia alguma coisa, conseguia entendê-la, o que não acontecia com o latim; tanto que no início ficava maravilhado porque era possível ler e, ao mesmo tempo, entender o que se tinha lido".

Esse relato, de um tal Walagried Strabo, data do século IX. Mas, respondam-me: o modo como o autor fala da alegria de aprender a ler não é, de certa forma, semelhante à alegria que nós todos sentimos quando aprendemos algo?

Um abraço,
Gustavo