sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Sem regras, sem receitas

Não, não me peça para dar regras ou receitas. Não acredito nelas. Desconfio. Questiono. E, no fundo, creio que elas são sempre as ferramentas para a conformidade, para a falta de crítica, para a crença cega (e perigosa) que pode engaiolar qualquer um. Esse é, particularmente, o problema que tenho com as religiões (e por isso não sou adepto de nenhuma). São muitas regras. Muitas normas. E pouco fair-play. A meu ver, a vida não cabe dentro dessas regras. Não se restringe a elas. A menos que o amor pelos preceitos religiosos seja tal que a cegueira dê a impressão de que seguí-los é o mesmo que viver. Mas não é o meu caso (já foi!). Hoje prefiro pensar que há sentimentos fortuitos que, em questão de segundos, umedecem os olhos, secam as feridas, silenciam as palavras e amplificam a consciência. Tudo em questão de segundos. Sem regras. Sem receitas.

Apenas como a vida deve ser.      

Gustavo Miranda