Não, não me peça para dar regras ou receitas. Não acredito nelas. Desconfio. Questiono. E, no fundo, creio que elas são sempre as ferramentas para a conformidade, para a falta de crítica, para a crença cega (e perigosa) que pode engaiolar qualquer um. Esse é, particularmente, o problema que tenho com as religiões (e por isso não sou adepto de nenhuma). São muitas regras. Muitas normas. E pouco fair-play. A meu ver, a vida não cabe dentro dessas regras. Não se restringe a elas. A menos que o amor pelos preceitos religiosos seja tal que a cegueira dê a impressão de que seguí-los é o mesmo que viver. Mas não é o meu caso (já foi!). Hoje prefiro pensar que há sentimentos fortuitos que, em questão de segundos, umedecem os olhos, secam as feridas, silenciam as palavras e amplificam a consciência. Tudo em questão de segundos. Sem regras. Sem receitas.
Apenas como a vida deve ser.
Apenas como a vida deve ser.
Gustavo Miranda