Não sei quantificar muito bem, até porque coisas assim não são quantificáveis nem enumeráveis, mas sinto que termino o ano como um "sobrevivente". Claro que isso se deve menos à minha preocupação (já passada e atenuada... rs) com o "fim do mundo" que com as características particulares do ano de 2012. Mas acho que saio mesmo deste ciclo com a sensação de alívio, torcendo talvez para que 2013 seja mais dócil, mais afável, menos turbulento, mais digno, embora esses sejam apenas desejos jogados num infinito e complexo mar de probabilidades (e que talvez nunca aconteçam). Sei bem que não é muito literário nem agradável conceber as coisas desse modo, mas ao mesmo tempo me soa poético que, em meio a tantas possibilidades distintas, eu esteja aqui neste preciso momento, pondo tudo em perspectiva e compartilhando minhas angustias mais perenes com pessoas que, literalmente, me ajudaram a passar pelo pior. Não sei quantos "obrigados" falei. Nem quantos abraços distribuí. Mas não tenho dúvidas de que entro em 2013 com a sensação de que fui amparado por vários, escorado por muitos e lembrado por praticamente todos. Sou um sobrevivente, sim! Todos nós somos! Mas só porque estou "apoiado em ombros de gigantes", de gente comum e solidária (como você que está lendo isto agora).
Então, feliz 2013 antecipado!!
Gustavo Miranda
sábado, 29 de dezembro de 2012
Feliz 2013!!
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Não faz sentido
A vida, por si só, não faz sentido algum! Mas, em meio a tantos dilemas filosóficos, um aspecto ainda faz: nossas experiências, nossas emoções, nosso encontro com o outro, nossas paixões.
É o que levamos dessa vida...
Gustavo Miranda
sábado, 20 de outubro de 2012
Um livro sobre a liberdade?!
O interesse pelo tema se deu de maneira mais ou menos óbvia. A meu ver, vivemos o dilema registrado na fala memorável de um dos personagens de Dostoievski: se Deus não existe, então tudo é permitido. Essa paráfrase do livro "Os Irmãos Karamazov" tem sido frequentemente mal interpretada durante o século XX, sobretudo por religiosos que buscam em Dostoievski (bem em quem) uma suposta defesa da moralidade a partir de princípios religiosos. Na verdade, o escritor russo não queria enfatizar a possibilidade de amoralidade se extinguirmos o conceito de deus; mas, antes, sublinhar como fica claro na leitura do trecho todo que, se abdicarmos da noção de deus, então recai sobre nossos ombros (e somente sobre eles) toda e qualquer responsabilidade diante das escolhas e dos atos que fazemos. E isso não só parece aterrador do ponto de vista prático como, também, nos deixa com um controle sombrio da vida que, provavelmente, não fazemos questão de saber que temos.
E aí caímos no paradoxo: lutamos muito para ter o controle das situações, mas, quando finalmente ele está em nossas mãos, fazemos questão de passar a bola para outro (ou lamentamos que tenhamos tantas alternativas). E veja: é uma preocupação legítima, já que Sartre andou por aí quando afirmou que "o homem está condenado a ser livre". E Nietzsche ficou louco ao propor que a ideia de um deus que justifique os acontecimentos à nossa volta é totalmente desnecessária (naturalmente, dizer que sua loucura pode ser explicada a partir dessa base é mera suposição minha).
O fato é que dá medo mesmo. Tomar decisões. E não sem razão. A vida é um quebra-cabeça complicado demais para seres tão (i)limitados.
Bem, o livro é sobre isso. Aguardem!
Gustavo Miranda
terça-feira, 7 de agosto de 2012
Fé
E foi a adversidade, talvez a única que pudesse ter-me obrigado a reconsiderar alguns conceitos religiosos, que - ao contrário - me fez pensar que, de fato, não há nada "atrás das cortinas". Ainda assim, algo continua a fazer muito sentido para mim: a FÉ. Não aquela fé ingênua, em planos miraculosos e em seres invisíveis que lutam a nosso favor. Mas FÉ de que não se pode parar, de que é preciso aguentar e ir em frente. E que, SIM, há uma chance, embora às vezes pequena, de um final feliz.
Gustavo Miranda
segunda-feira, 16 de julho de 2012
O que você faz?
Dois parágrafos perfeitos do filósofo suiço Alain de Botton.
Ainda que a sociedade moderna continuamente nos prometa acesso a uma comunidade, trata-se de uma comunidade centrada no culto ao sucesso profissional. Sentimos que estamos batendo à sua porta quando a primeira pergunta que nos indagam em uma festa é "o que você faz?" - e a resposta determinará se seremos bem acolhidos ou se nos abandonarão ao relento. Nessas reuniões competitivas e pseudocomunais, poucos de nossos atributos valem como moeda para comprar a boa vontade de estranhos. O que importa, acima de tudo, é o que está em nossos cartões de visita, e aqueles que optaram por passar a vida cuidando dos filhos, escrevendo poesia ou jardinando ficarão com a certeza de que foram contra a corrente dos costumes dominantes dos poderosos e que merecem ser devidamente marginalizados.
Com esse nível de discriminação, não causa surpresa que muitos de nós decidam se atirar com tudo nas carreiras. Focar na vida profissional em detrimento de quase todo o resto é uma estratégia bastante plausível em um mundo que aceita as conquistas no ambiente de trabalho como a principal moeda para assegurar não apenas os meios financeiros de sobreviver fisicamente, mas a atenção de que necessitamos para ter êxito do ponto de vista psicológico.
Alain de Botton
sábado, 26 de maio de 2012
Saber mais, entender menos
"Cada dia sabemos mais e entendemos menos". Albert Einstein.
Gustavo Miranda
terça-feira, 24 de abril de 2012
Redundâncias
Gustavo Miranda
sexta-feira, 30 de março de 2012
Cinema mudo
Gustavo Miranda
quinta-feira, 22 de março de 2012
O mesmo e o diferente
Gustavo Miranda
quarta-feira, 7 de março de 2012
Conflitos internos
Gustavo Miranda
domingo, 4 de março de 2012
Talvez um dia...
Gustavo Miranda
quinta-feira, 1 de março de 2012
Falta algo...
Gustavo Miranda
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Sexy e perigoso
Gustavo Miranda
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Problema com a forma
Gustavo Miranda
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Maturidade
Gustavo Miranda
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
A beleza e a feiura
Gustavo Miranda
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Eterno enquanto dure...
E isso é tudo. Isso basta!
Gustavo Miranda
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Universos paralelos
Gustavo Miranda
domingo, 8 de janeiro de 2012
Incondicionalidade
Gustavo Miranda
sábado, 7 de janeiro de 2012
Morrer de amor
Gustavo Miranda
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
O inexplicável
Gustavo Miranda