terça-feira, 22 de outubro de 2013

O lado B

Foi então que, um dia, participando do velório de um amigo de infância, me vi cara a cara com este devaneio: "o lado B da vida". Olhando seu corpo inerte e ainda jovem no caixão, vítima de um acidente, perguntei-me mentalmente o que estaríamos fazendo naquele exato momento, caso ele não tivesse escolhido entrar naquele maldito carro dias antes. Estaríamos todos jogando bola? Estaríamos preparando um churrasco para o fim de semana? Estaríamos disputando as garotas da escola? O que estaríamos fazendo? Não me lembro, sinceramente, de ter chegado a qualquer resposta. Mas, a partir daquele momento, comecei a refletir sobre a possibilidade de a vida ter um lado B. De ser diferente. Alternativa. E sobretudo: comecei a refletir um pouco mais sobre as pequenas escolhas que fazemos diariamente e que, às vezes, podem conduzir a consequências inesperadas (e indesejadas).

Gustavo Miranda

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