Esperar é uma tarefa penosa. E sentir o tempo parado amarra-nos a alma. Finca nossos pés ao chão. Lança-nos no mar da ansiedade. Do pânico. Das reservas e da falta de controle sobre as emoções. É verdade que as religiões muito falam da espera. E também desse descontrole emocional, que deve ser evitado a todo custo. Mas é a vida a melhor professora desses temas que afligem o coração humano e que machucam o ego.
E eis a nossa situação:
Vencer o espaço não foi suficiente. Queremos mesmo é vencer o tempo, muito embora tal empreitada não esteja ao alcance das mãos (de nossas mãos, pelo menos). A verdade é que o tempo parece ser um oponente imbatível. Não obedece a regras humanas. Não se curva diante de nossos caprichos. Pior que tudo: parece estar sempre com o velho sorriso maroto a contemplar as contingências que espetam nosso espírito.
Enfim. Nosso único consolo é saber que não existe nada mais poético que a efemeridade que nos acompanha silenciosamente todos os dias. Isso basta para alguns. Mas não deixa de dar raiva, além de corroer as entranhas.
Gustavo Miranda
E eis a nossa situação:
Vencer o espaço não foi suficiente. Queremos mesmo é vencer o tempo, muito embora tal empreitada não esteja ao alcance das mãos (de nossas mãos, pelo menos). A verdade é que o tempo parece ser um oponente imbatível. Não obedece a regras humanas. Não se curva diante de nossos caprichos. Pior que tudo: parece estar sempre com o velho sorriso maroto a contemplar as contingências que espetam nosso espírito.
Enfim. Nosso único consolo é saber que não existe nada mais poético que a efemeridade que nos acompanha silenciosamente todos os dias. Isso basta para alguns. Mas não deixa de dar raiva, além de corroer as entranhas.
Gustavo Miranda
Disse tudo, Gustavo! Ótimo post, como sempre.
ResponderExcluirBeijo!