As escolhas que fazemos na vida são, em última análise, um tipo de renúncia silenciosa. E isso, dito de outra forma, significa que escolher é, ao mesmo tempo, um ato de abdicação. Pois escolher é especificar. Mas especificar é sinônimo de focalizar. E, naturalmente, é impossível focalizar coisas na vida sem desconsiderar outras, sem conferir menor importância ao não-escolhido. A meu ver, é o que fazemos o tempo todo, já que a vida é feita de escolhas. A questão é que são essas escolhas que definem o foco, os caminhos e os valores que moldam a personalidade. Mas nem todas elas são voluntárias. E diria que a maior parte acontece sem que tenhamos a menor consciência disso, independente de nossa vontade.
Gustavo Miranda
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