E então vi duas crianças dentro da Häagen-Dazs; irmãs; bem vestidas; brincando através do vidro transparente com uma terceira, que acenava do lado de fora; vendedora ambulante de adesivos; pobre; sem teto; moradora de uma rua em que luxo e miséria caminham lado a lado, aparentemente sem incomodar ninguém. As três estavam separadas pelo vidro de nossa incompetência social. Mas não pela alegria pueril de quem, desconhecendo as desigualdades, encontra razão suficientemente forte dentro de si para compartilhar o sorriso.
Gustavo Miranda
Gustavo Miranda
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