Nossa paixão por sistemas democráticos, no fundo, esconde um problema mais agudo e bem mais antigo: a vida em si é bem pouco democrática. Diria até que ela é muito mais determinista que democrática, aliás. Daí o óbvio: não aceitamos isso. Então criamos sistemas, e boas fantasias, que não têm outra função senão dar-nos a impressão de controle e de escolha sobre as coisas que se passam ao redor, o que - naturalmente - é questionável, embora nosso ego não nos permita, em geral, pensar assim.
Mas o problema não termina aí. Há aqueles ainda que, inebriados por esse falso poder diante da vida, criam normas e regras e institucionalizam nossos medos e desejos, sob a promessa de que seremos felizes se aderirmos a um credo, a uma forma de pensar.
É o caso das Religiões, do Estado, da Ciência e de tantas instituições e explicações, cada uma com suas regras próprias e suas promessas indiretas, que tentam nos cooptar.
Busca por controle e por poder. Tudo farinha do mesmo saco!
Gustavo Miranda
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Farinha do mesmo saco!
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