A busca por coisas que façam sentido na vida é, no fundo, uma busca por regras que sejam capazes de nos livrar da aleatoriedade inerente à condição humana. Por isso temos tanto gosto pela ordem; pelos códigos sociais; pelas religiões; e pelos livros de auto-ajuda. Procuramos regras. Buscamos organizar o caos. Pois não suportamos viver num mundo em que não há razões (e boas razões) para os fatos que se sucedem à nossa volta.
O sentido pode ser teórico, e na maioria das vezes é. Não importa muito se está diretamente relacionado à verdade dos fatos ou não. Por uma razão simples: a busca por sentido é, também ela, busca por explicações. E nada conforta mais do que a vaga sensação de que entendemos o que se passa nesse grande mistério que é a vida.
O caso é que, talvez, seja a hora de reconhecer o óbvio, pelo menos na dimensão cotidiana, das relações mais diretas que temos com os fatos da vida (pois, cientificamente, já se sabe disso há muito tempo): a ordem é uma exceção. Vivemos numa realidade em que o acaso e o caos prevalecem sempre.
Sim, eu sei. É um balde de água fria em nossas pretensões.
Gustavo Miranda
O sentido pode ser teórico, e na maioria das vezes é. Não importa muito se está diretamente relacionado à verdade dos fatos ou não. Por uma razão simples: a busca por sentido é, também ela, busca por explicações. E nada conforta mais do que a vaga sensação de que entendemos o que se passa nesse grande mistério que é a vida.
O caso é que, talvez, seja a hora de reconhecer o óbvio, pelo menos na dimensão cotidiana, das relações mais diretas que temos com os fatos da vida (pois, cientificamente, já se sabe disso há muito tempo): a ordem é uma exceção. Vivemos numa realidade em que o acaso e o caos prevalecem sempre.
Sim, eu sei. É um balde de água fria em nossas pretensões.
Gustavo Miranda
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