Gustavo Miranda
sexta-feira, 27 de maio de 2011
A solidão das redes sociais
Gustavo Miranda
domingo, 22 de maio de 2011
Auto-Engano
Incluo-me na lista, aliás.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Saudades de mim!
A vida passa tão depressa que, em certo sentido, chego a sentir saudade da pessoa que fui um dia. Também sinto falta de outras pessoas, embora não seja saudade física, dessas que a gente mata no encontro. Saudade do que elas foram no passado. Do que representaram para mim, do que pensaram, do que fizeram. Enfim. Saudade que não dá para matar no presente, a não ser mentalmente, de modo saudosista e parcial. Deve ser por isso que alguns filósofos separam o mundo em duas partes: o mundo que temos em nossas mentes, idealmente; e o mundo real que experimentamos diariamente. Não tenho dúvidas de que o primeiro é sempre mais interessante e confortável, embora o segundo seja como um despertador a lembrar que nossas melhores lembranças viraram fantasias e que, portanto, não correspondem mais à realidade (o que, às vezes, é bom também). O caso é que não dá para viver só no primeiro ou só no segundo desses mundos. Na transição de um para o outro, aliás, constata-se o óbvio: as coisas já não são mais como antigamente. Daí a saudade! Saudade do que fomos um dia!
Saudades de mim!
Gustavo Miranda
domingo, 8 de maio de 2011
Pequena homenagem
Feliz Dia das Mães!!
Gustavo Miranda
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Mundo assombrado pelos demônios
A vida em sociedade é tão difícil que, às vezes, chego a pensar que algo deu errado no projeto inicial. Sim, porque todos nós sabemos que, apesar do caráter mítico e fantasioso de algumas narrativas, todas as histórias que nos chegaram por meio das religiões, das clássicas epopéias e, também, das ciências antigas dão conta de que o homem é um ser social por excelência, no sentido de depender dos demais seres humanos e, naturalmente, do meio em que vive. O que ocorre é que, embora essa dependência seja óbvia e, em certa medida, louvável, não se pode negar que a independência também sempre figurou como ideal a ser alcançado entre os seres humanos. Com isso, muitas vontades. Muitos desejos. E, modernamente, muitas individualidades ferveram ao longo dos milênios. No limite, gerou-se o paradoxo de que falei no início deste parágrafo: somos seres sociais, sim! Dependentes, sim! Mas também carentes. Carentes de independência, de satisfações pessoais, de sucessos particulares, de massagens no ego.
Aos teóricos do homem, tudo isso sempre soou muito natural e parte integrante de um processo abrangente. A questão, no entanto, é que nunca foi simples ser a única espécie a carregar tantas energias opostas internamente. Esses são, aliás, os únicos e verdadeiros demônios do mundo. Demônios que carregamos dentro de nós, no coração. E que tentamos ocultar a qualquer custo, embora eles sejam fortes o suficiente para continuar a tornar nossa vida em sociedade difícil e, às vezes, impraticável.
Gustavo Miranda